A literatura não presta para nada. A poesia, o romance, o conto, a crônica, às narrativas
fantásticas e as de cotidiano, as histórias e fatos que não aconteceram e que podiam
ou podem acontecer – a literatura não forma nem conforma os espíritos, não salva
nem consola, não ensina nem estimula.
Enfim, não se presta muito para coisas práticas e aplicadas. Não produz realidades
mensuráveis e negociáveis.
A literatura presta para tudo. O texto literário é um convite a uma ação desinteressada,
gratuita, uma ação que não espera que dela resulte lucro ou benefício.
É o simples por-se em movimento, para sentir-se e existir num tempo suspendido
na história, um tempo em que a pessoa se faz somente para si, para ser,
um tempo de indagação e contemplação, de êxtase e sofrimento, de amor
e angústia, de alívio e esperança, disso tudo de uma só vez e para sempre.
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