sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Lei de Cotas sancionada pela presidente Dilma Rousseff

Foi sancionada ontem (29 de agosto) pela presidenta Dilma Rousseff a Lei de Cotas Sociais. Com isso, fica garantida a destinação mínima de 50% das vagas em universidades federais para estudantes oriundos de escolas públicas. Em seu pronunciamento, a presidente ressaltou duas conquistas com tal ação, “a meritocracia e a democratização de acesso”, tendo em visto o desafio de se manter e aprimorar a qualidade do ensino.
·         Assista ao pronunciamento da Presidente Dilma Rousseff (clique aqui)
“A importância desse projeto e o fato de nós sairmos da regra e fazermos uma sanção especial tem a ver com um duplo desafio. Primeiro é a democratização do acesso às universidades e, segundo, o desafio de fazer isso mantendo um alto nível de ensino e a meritocracia. O Brasil precisa de fazer face a esses dois desafios, não apenas a um. Nada adianta eu manter uma universidade fechada e manter a população afastada em nome da meritocracia. Também de nada adianta eu abrir universidade e não preservar a meritocracia”, afirmou.
Dilma vetou apenas um ponto do texto aprovado pelo Congresso Nacional, o Artigo 2º, que criava um coeficiente para selecionar os estudantes que poderiam ingressar nas vagas destinadas às cotas. Com o veto a esse trecho, o governo decidiu que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será a ferramenta para definir o preenchimento das vagas reservadas. Segundo Mercadante, as universidades poderão adotar mecanismos complementares.
As universidades e institutos federais terão quatro anos para implantar progressivamente o percentual de reserva de vagas estabelecido pela lei, mesmo as que já adotam algum tipo de sistema afirmativo na seleção de estudantes.
Segundo o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, a Lei de Cotas Sociais vai ajudar os melhores alunos da rede pública a ingressar nas universidades federais. Ele afirmou que os dados da edição 2011 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) mostram que a média dos 150 mil melhores estudantes da rede pública foi superior à média dos estudantes do setor privado.
“Estamos abrindo uma oportunidade para que esses bons alunos, os melhores alunos da rede pública, tenham uma melhor oportunidade de acesso às universidades federais (…) Agora, não podemos deixar de reconhecer que é um desafio, que é melhorar cada vez mais o ensino público, especialmente o ensino médio, e essas cotas vão motivar os alunos a estudarem cada vez mais”, disse.

Hemeroteca Digital Brasileira

Está no ar a Hemeroteca Digital Brasileira

Cinco milhões de páginas digitalizadas à disposição dos interessados. Assim é a Hemeroteca Digital Brasileira, lançada oficialmente na última semana e disponível para consulta gratuita no site da Biblioteca Nacional.


A Fundação Biblioteca Nacional oferece aos seus usuários a Hemeroteca Digital Brasileira, portal de periódicos nacionais que proporciona ampla consulta, pela internet, ao seu acervo de periódicos - jornais, revistas, anuários, boletins etc. - e de publicações seriadas.
Na Hemeroteca Digital Brasileira pesquisadores de qualquer parte do mundo passam a ter acesso, inteiramente livre e sem qualquer ônus, a títulos que incluem desde os primeiros jornais criados no país - como o Correio Braziliense e a Gazeta do Rio de Janeiro, ambos fundados em 1808 - a jornais extintos no século XX, como o Diário Carioca e Correio da Manhã, ou que não circulam mais na forma impressa, caso do Jornal do Brasil.
Entre as publicações mais antigas e mesmo raras do século XIX estão, por exemplo, O Espelho, Reverbero Constitucional Fluminense, O Jornal das Senhoras, O Homem de Cor, Marmota Fluminense, Semana Illustrada, A Vida Fluminense, O Mosquito, A República, Gazeta de Notícias, Revista Illustrada, O Besouro, O Abolicionista, Correio de S. Paulo, Correio do Povo, O Paiz, Diário de Notícias, e também os primeiros jornais das províncias do Império.
Quanto ao século XX, podem ser consultadas revistas de grande importância como Careta, O Malho, O Gato, Revista da Semana, Klaxon, Revista Verde, Diretrizes e jornais que marcaram fortemente a história da imprensa no Brasil, como A Noite, Correio Paulistano, A Manha, A Manhã e Última Hora.
Periódicos de instituições científicas também compõem um segmento especial do acervo já disponível. São alguns deles os Annaes da Escola de Minas de Ouro Preto, O Progresso Médico, a Revista Médica Brasileira, os Annaes de Medicina Brasiliense, o Boletim da Sociedade de Geografia do Rio de Janeiro, a Revista do Instituto Polytechnico Brasileiro, a Rodriguesia: revista do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, o Jornal do Agricultor, entre muitos outros. O pesquisador pode consultar também outras modalidades de publicação, como o Boletim da Illustríssima Câmara Municipal da Corte, os Relatórios dos Presidentes das Províncias (no Império) o Boletim do Museu Paraense de História Natural e Ethnographia, a Revista do Archivo Público Mineiro, a Gazeta dos Tribunaes: dos juízes e factos judiciaes, do foro e da jurisprudência (Rio de Janeiro) etc.
A consulta, possível a partir de qualquer aparelho conectado à internet, é plena e avançada. Pode ser realizada por título, período, edição, local de publicação e palavra(s). A busca por palavras é possível devido à utilização da tecnologia de Reconhecimento Ótico de Caracteres (Optical Character Recognition - OCR), que proporciona aos pesquisadores maior alcance na pesquisa textual em periódicos. Outra vantagem do portal é que o usuário pode também imprimir em casa as páginas desejadas.
Além da chancela do Ministério da Cultura, a Hemeroteca Digital Brasileira é reconhecida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e tem o apoio financeiro da Finep, o que tornou possível a compra dos equipamentos necessários e a contratação de pessoal para a sua criação e manutenção. Neste momento do lançamento do portal - julho de 2012 -, são cinco milhões de páginas digitalizadas de periódicos raros ou extintos à disposição dos pesquisadores, número que se multiplicará com a continuidade da reprodução digital.
(Informações da Biblioteca Nacional)

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Blog 30 anos da ALB - Atualizações

Para destacar as atividades do Projeto ALB 30 Anos realizadas durante o 18º COLE (16 a 20 de julho de 2012), criamos uma nova aba neste blog na qual disponibilizamos o todo o material textual, fotográfico e em vídeo que foi possível reunir.

http://www.alb30anos.com/p/30-anos-no-18-cole.html

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

SEMINÁRIO - HISTÓRIA DA ORDEM LETRADA – DAS ELITES ÀS MASSAS (O CASO FRANCÊS – SÉCULOS XVIII E XIX)


Caros colegas,
Como parte das atividades do projeto “Circulação de modelos pedagógicos, sujeitos e objetos entre Brasil e Argentina (séculos XIX e XX)”, financiado pela CAPES/SPU, no âmbito do Programa Centros Associados de Pós-Graduação Brasil-Argentina entre o Programa de Pós-Graduação em Educação da UNICAMP e o Doutorado em Educação da Universidad Nacional de Rosario, em rede com instituições brasileiras e argentinas, vimos convidá-los para o seminário que será ministrado pelo Prof. Dr. Eduardo Hourcade (Universidad Nacional de Rosario), junto ao Programa de Pós-Graduação em Educação da UERJ.

Local: Faculdade de Educação/UERJ

Período: 05 a 09 de novembro de 2012

Horário: 13:00 às 18:00 h

Carga horária: 30h

Inscrições de 28/08 a 02/09:  http://www.proped.pro.br/

        Programa

        El orden letrado en la época clásica: Clérigos, Cortesanos, Profesores. Su régimen de prácticas, el alcance de sus producciones. El saber cómo atesoramiento. La constitución de una nueva república de las letras: el salón literario, las bibliotecas circulantes, el periodismo. El saber cómo diseminación. La circulación textual fuera de las élites. Comercio ambulante y apropiación del mundo textual por personas in-cultas.

        La Ilustración como extensión de la república de las letras. El nuevo poder de la escritura: la constitución de una opinión pública. El hombre de letras, entre la corte, el mecenazgo y el mercado. Los escritores bajo vigilancia, la circulación textual clandestina. La Experiencia de la Enciclopedia. Un debate: Rousseau – Voltaire ¿La educación popular es posible?

        La Revolución como toma de la palabra. La relación entre lo textual y lo oral en la constitución del nuevo mundo político: Las sociedades de correspondencia, los periódicos y las asambleas. Condorcet y la educación de masas. El jacobinismo y el disciplinamiento de la palabra oral y escrita. El orden napoleónico: les Ideologues, formación de cuadros estatales y divulgación en el mundo alfabeto.

        La educación de masas durante el siglo XIX. Comte y el programa positivista. El orden social como orden de conocimiento. Los apóstoles de la escuela, E. Quinet y J. Ferry. El nacionalismo de masas como ideología orgánica del Estado. La Historia, la Geografía y una ´cierta noción de Francia´. Una transición: de las ´voces de la libertad´ a ´el siglo de los intelectuales´


            Eduardo Hourcade
        Graduado em História pela Universidad Nacional de Rosario (1980). Doutor em “Histoire et Civilisations” pela École des Hautes Etudes en Sciences Sociales (E.H.E.S.S.), Paris (2003), com a tese “La construction culturelle d’une société nouvelle. Le Río de la Plata et ses rapports avec la France et l’Europe 1800-1850”. Professor Titular da Universidad Nacional de Rosario, respondendo pela cátedra “Teoría de la Historia”, na Escuela de Historia, Facultad de Humanidades y Arte  e pela cátedra “Historia Social Contemporánea”, na Escuela de Ciencia Política, Facultad de Ciencia Política. Coordena a Pós-Graduação da Facultad de Humanidades y Arte da Universidad Nacional de Rosario. É membro da carreira de investigadores do CONICET. Publicou, entre outros títulos, Europeos en América. Imaginar un lugar para el Buenos Aires independiente, Rosario, Laborde Editor, 2007.


        Profa. Dra. Heloísa Helena Pimenta Rocha
        Faculdade de Educação/UNICAMP
        Programa de Pós-Graduação em Educação
        email: heloisah@unicamp.br


FÓRUM DESAFIOS DO MAGISTÉRIO - SENTIDOS DA EDUCAÇÃO QUE SE COMUNICA: OLHARES DA MÍDIA


Data: 19 de setembro
Local: Centro de Convenções da Unicamp



PROGRAMAÇÃO

9h – Abertura
Profa. Dra. Carmen Zink Bolonhini – Assessora da Coordenadoria Geral da Universidade
Prof. Dr. Luiz Carlos de Freitas – Diretor da Faculdade de Educação da Unicamp
Cecília de Godoy Camargo Pavani – Departamento de Educação da RAC
Prof. Dr. Antonio Carlos Rodrigues de Amorim – Presidente da ALB

9h30 – Palestra: “Novas mídias, leitura e prática docente”
Profa. Ma. Cyntia Andretta – PUC-Campinas

10h30 – Pausa para o café

11h – Palestra: “Leitura Crítica da Mídia”
Profa. Dra. Graça Caldas – LabJor/Unicamp

12h às 14h – Almoço

14h – Mesa-redonda: “A escola na mídia”
Fábio Gallacci – Jornalista do Grupo RAC
Juliana de Holanda – Jornalista da Revista Educação

15h às 15h30 – Pausa para o café

15h30 às 17h – Mesa-redonda: “A mídia na escola”
Ângela Junquer – Correio Escola Multimídia/Anglo Campinas
Leda Queirós – Rede Municipal de Ensino de Campinas
Cristiane Parente – Associação Nacional de Jornais/Programa Jornal e Educação

Organização: Correio Escola Multimídia (RAC)
Apoio: FE e ALB
 
 

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Reportagem Revista Giz - 18o Cole


Congresso reúne professores do Brasil todo e discute a leitura do mundo a partir das palavras e de outras estéticas
 A preocupação dos educadores com a leitura não descansa nunca – nem mesmo durante as férias. Foi por isso que, entre os dias 16 e 20 de julho, o 18º Congresso de Leitura do Brasil, o COLE, organizado pela Associação de Leitura do Brasil (ALB), reuniu especialistas de todo o país para debater e refletir a respeito das várias possibilidades de leitura do mundo e da vida. O tema dessa edição foi “O mundo grita. Escuta?”.
***
Elisa Marconi e Francisco Bicudo*
A ideia de sugerir uma afirmação e uma pergunta simultâneas era discutir, contrapor e – por que não? – entrelaçar diferentes linguagens e formas de expressão que podem se tocar e se completar. O presidente da ALB, Antonio Carlos Amorim, explica que os painéis e palestras ocorridos na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) trataram também das formas recentes de escrita e leitura, como e-mails, torpedos e redes sociais; das artes, como fotografia, música, teatro, dança e audiovisuais; além de temas ditos mais tradicionais, como infância, velhice, literatura e ortografia.
Amorim, que também é professor da Faculdade de Educação da Unicamp, fez um balanço do Congresso e discutiu outros assuntos transversais e tangentes à questão da leitura, em entrevista exclusiva à Revista Giz. Os melhores momentos desse bate-papo, você pode acompanhar a seguir.
Professor, o senhor poderia resumir quais foram as metas do Congresso de Leitura no Brasil deste ano?
O COLE chega à 18ª edição, a maioridade, mas, na verdade, ele descende de outro evento também de promoção e discussão da leitura que – esse sim – completa 37 anos. Então é uma reunião bem antiga e tradicional já. Ao longo dessas quase quatro décadas, o congresso foi se modificando, se transformando e se adaptando às necessidades de reflexão de cada tempo, de cada momento.

ENTÃO, BEM LÁ NO INÍCIO, O COLE ERA UM FÓRUM DE PESSOAS QUE LUTAVAM PELO PROCESSO DE DEMOCRATIZAÇÃO DA LEITURA NO BRASIL E REUNIA TANTO GENTE DA UNIVERSIDADE, QUANTO DE EDITORAS E ASSOCIAÇÕES CIVIS. ESSA CARACTERÍSTICA, DE JUNTAR PESSOAS QUE LUTAM PELA LEITURA, PELO DIREITO E PELO ACESSO À LEITURA, SE MANTEVE AO LONGO DESSES ANOS TODOS.

A Associação de Leitura do Brasil, que atualmente eu presido e a quem cabe a coordenação geral do Congresso, foi também fruto de um COLE, o de 1981, então estamos comemorando em 2012 os 30 anos de constituição da ALB, que tem como objetivos principais o movimento de democratização, produção, publicação e formação de educadores na articulação com o campo da leitura. O congresso foi ficando gigante, vem gente do Brasil todo, 100% dos estados do país estão aqui representados, e uma característica especial é que temos muitos professores de educação básica.
E dessa edição que acabou de acontecer, quais foram as discussões mais significativas, o que se pode pinçar de mais importante? E, mais, quais caminhos se revelaram?
Nessa edição, nós propusemos a possibilidade de pensar a leitura entremeada com outras linguagens. A leitura, em geral, está muito ligada ao livro e à palavra escrita, ao processo de alfabetização. O encontro com o livro é fundamental e há várias edições do evento voltadas para essa aproximação. Mas na 18ª edição, priorizamos o contato com outras linguagens: a imagética – presente nas ilustrações, nas fotografias, nas artes plásticas; a linguagem corporal, como mímica, teatro, dança; as audiovisuais, com o cinema; a música, etc. e ainda trazer tudo aquilo que a gente ainda não consegue expressar em palavras, ou imagens, ou sons, como os silêncios, os vazios, os espaços em branco e por aí vai. Então era trazer para o COLE o sentido da leitura não só da palavra, mas leitura do mundo, que é povoado de múltiplas linguagens e até de ausências, vazios, silêncios, que a gente talvez não escute.
Vários professores, de todos os níveis, apresentaram suas pesquisas sob esse grande guarda-chuva.
Sim, pesquisadores do Brasil todo trouxeram os trabalhos e dividiram com o público. Mas também aconteceram palestras com artistas, filósofos, músicos, educadores, gente que veio propor uma reflexão a respeito desse entrelaçamento de linguagens. Essa é a organização acadêmica do evento e apontou para a discussão da fronteira, do limite que o mundo anda vivendo em relação à fruição dessas linguagens.
Agora, ler essas outras linguagens não precisa significar abandonar, ou condenar a leitura das palavras, não é? As várias formas de expressão podem se contrapor, se completar, mas não se anulam, não é?
Não, de jeito nenhum. A ideia era justamente essa, avançar e aprofundar naquilo que chamamos leitura. O mundo é todo atravessado por essas linguagens e o que discutimos foi essa sobreposição, esse atravessamento de uma pela outra, já que são simultâneas.

O QUE ESSAS LINGUAGENS SIGNIFICAM NA CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO? NESSE MUNDO TODO PONTUADO PELA IMAGEM, COM SUPEREXPOSIÇÃO ÀS IMAGENS, COMO O MOMENTO SOLITÁRIO DA LEITURA – QUE É INDIVIDUAL E INTRANSFERÍVEL – FICA? É UMA SOLIDÃO BOMBARDEADA POR SONS E IMAGENS.

E é importante trazer temas assim para o evento. Nesse tipo de Congresso, não oferecemos respostas prontas, não preenchemos os vazios, ao contrário. A proposta é esvaziar espaços, para que novas indagações e reflexões possam aparecer.
Imagino que a discussão a respeito das novas mídias e como elas tocam a leitura da palavra e do mundo tenha bastante relação com tudo isso. Vocês também discutiram novas tecnologias, redes sociais?
Na organização dos painéis, esse assunto apareceu sim. Mas este ano, a gente antecedeu o COLE com o 6º Seminário Professor e a Leitura do Jornal, que tratou exatamente dessas novas mídias. Então preferimos deixar essa discussão mais voltada às novas tecnologias para o Seminário e não para o COLE, que focou na relação entre leitura estética e política, para que a gente possa pensar contemporaneamente os gritos e as escutas sensíveis.
De um modo geral, como os professores recebem essa preocupação com outras linguagens? Eles acham que arte é para os artistas e para os professores de artes e música, ou eles aceitam bem?
Do retorno que tivemos durante o evento, o que posso dizer é que foi uma escuta bastante aberta, os professores pareciam bastante receptivos. Muitas vezes traziam muitas interrogações, porque como não são apresentações afirmativas, não é um discurso que vem para preencher alguma coisa que está vazia, é um discurso que tenta deixar espaços vazios para pensar, aí certamente sensibiliza muito as pessoas.

O QUE POSSO DIZER É QUE FOI UM CONGRESSO COM MUITA EMOÇÃO, NÃO NO SENTIDO PIEGAS DA PALAVRA, MAS DA FRUIÇÃO ESTÉTICA, QUE SENSIBILIZA E TRANSFORMA. EMOÇÃO NO SENTIDO DE PEGAR AS PESSOAS EM DETERMINADOS PONTOS QUE SÃO DIFÍCEIS DE SEREM TOCADOS.

Por exemplo, falar de comunidades da África, da Ásia, ou do Brasil mesmo, que não têm seu próprio território, então têm que viver numa espécie de movimento nômade, que é um nômade do desaparecimento. Depois, uma apresentação de artistas visuais, que trabalham com arte, vídeo ou fotografia e que fomentam a gente a pensar como a gente tem possibilidade de resistir num mundo que é tão avassalador, com a globalização? E os relatos das mesas e das conferências que participei eram de professores muito tocados, abrindo espaço para um novo pensar, e de várias disciplinas. Não só das artes.
E é possível pensar caminhos para o professor usar tudo isso na prática, na sala de aula, como postura mesmo, lá na frente dos alunos?
Não organizamos o Congresso nessa tônica. Teve 50% de uma organização acadêmica, gestada por mais de um ano por um grupo que já vinha participando dos outros congressos e propôs Seminários Temáticos, infância, matemática, alfabetização, mídias, etc… tudo isso conversando com o tema geral do evento. E, além disso, houve os minicursos. Aí sim, nesses cursos, oficinas e workshops essa proposta de trazer para a prática o que havia sido discutido nos dias anteriores apareceu. E, talvez, essa experiência o professor leve, de fato, para a sala de aula. Foram 31 minicursos concomitantes e mais de 700 pessoas se inscreveram para participar, já no último dia do evento. As oficinas pensavam sobre como usar o som, a imagem no livro didático, o audiovisual, e tal. Então creio que esse foi o maior espaço de formação para a ação. Além disso, a troca de experiências na apresentação dos quase 700 trabalhos que os professores trouxeram para expor. Os participantes tiveram, portanto, bastante tempo para conversar, para se inspirar e produzir materiais.
Agora, de qualquer maneira, as entidades que compõem a organização do evento também estão atentas e preocupadas com a questão da leitura clássica… Do livro, da palavra…
Ah sim! A gente ter dado uma marca forte às outras linguagens não quer dizer qur a gente tenha deixado de lado a leitura. Ela estava lá e compunha uma parte importante das discussões.
E o que emergiu dessas discussões, professor? Porque, pelo que estamos acompanhando, os brasileiros leem pouco, leem mal, não compreendem o que está escrito. Uma pesquisa publicada recentemente pelo Instituto Paulo Montenegro (IPM) e pela ONG Ação Educativa mostra que 38% dos estudantes universitários não dominam habilidades básicas de leitura e escrita, segundo o Indicador de Alfabetismo Funcional. Como o CLE trabalhou tudo isso?
Nós levamos para o congresso a questão dessas pesquisas novas sobre leitura, especialmente o Retratos da Leitura no Brasil, do Instituto Pró-Livro, também a proposta do governo federal dos agentes de leitura nas escolas integrais, para pensar em duas coisas, no mínimo. Primeiro, em insistir num outro tipo de trabalho e organização curricular, principalmente nas escolas públicas, que é um dos lugares em que se encontra aquele público que pouco lê e, se lê, é porque a escola pede, caso contrário não leria livro. A pesquisa também não trabalha com outro tipo de leitura, como de revistas, gibis, jornais, textos de internet, etc… essas pesquisas fazem seleção do que é considerado leitura e esse é outro ponto que a gente precisa repensar: o que é leitura hoje?

AS PESQUISAS AINDA OLHAM SÓ PARA O LIVRO, MAS HÁ OUTRAS FORMAS CHEGANDO, SE INSTALANDO, COMO SERÁ QUE ISSO VAI INFLUENCIAR A FORMAÇÃO E A CONSOLIDAÇÃO DO LEITOR? ENTÃO OUTRO TIPO DE PESQUISA, QUE CAPTE ESSA LEITURA MAIS EFÊMERA DE E-MAILS, BLOGS, SMSS, REDES SOCIAIS E TAL, PRECISA SER FEITA, PARA ENTENDER A RELAÇÃO DISSO TUDO COM QUESTÕES DE APRENDIZAGEM DA LEITURA E NA CONSTITUIÇÃO DO SUJEITO LEITOR NÃO PELO LIVRO.

E a outra coisa que pensamos é que a escola é fundamental, mas não é suficiente. Precisamos fomentar espaços outros, preferencialmente públicos, para que a gente tenha uma política de leitura mais democrática no Brasil. E é importante lembrar que essa discussão se dá entre um público – o dos professores – que, em geral, não participa das discussões do que deve ser feito, mas é tratado como público consumidor, a quem se diz o que se deve fazer, comprar, ler, etc.
A pergunta que fica pairando, professor, é o que vai acontecer com o sujeito leitor que passa da fase pré-letrada para a leitura no computador, no tablete, será que ele perde alguma coisa, ou será que ganha outras competências?
Não, perder não. Nas mesas que participei esse ano, essa era uma discussão que sempre aparecia, porque é mesmo relevante. O que discutimos é que perder não perde nada, mas a escola vai ter de se adaptar, com certa agilidade, para aproveitar os ganhos que essa possibilidade traz, aproveitar o que é produtivo, já que a leitura está acontecendo, mesmo que em outros moldes, e até em moldes que a escola talvez não julgue que seja o melhor, mas ela acontece. Então como a gente poderia potencializar essa leitura nas novas tecnologias, que para nós ainda é estranho, mas que para o jovem tem sido muito produtivo. O contato e a troca de textos, de mensagens, e entrar num universo de todo dia ler alguma coisa, que faz sentido, que dá razão para a vida, etc. várias mesas passaram por essa discussão.
O fechamento disso tudo é positivo? Podemos ser otimistas?
Ficamos muito baqueados com os resultados das pesquisas mais recentes, que mostram pouca leitura, pouco acesso a livros e pouca compreensão do que se lê. Mas vejo como uma responsabilidade para nós professores e para a ALB continuar insistindo e potencializar os movimentos de constituição das políticas públicas de leitura.

NÃO BASTA INSISTIR PARA AS PESSOAS COMPRAREM LIVROS, PORQUE UMA COISA É CONHECER O LIVRO – AS PESSOAS CITAM A BÍBLIA NAS PESQUISAS –, MAS SERÁ QUE LERAM MESMO? OS OUTROS LIVROS MAIS CONHECIDOS E MAIS CITADOS SERÁ QUE FORAM LIDOS MESMO?

Os dados ainda são muito imprecisos. A ALB se comprometeu publicamente a pegar os dados do Retratos da Leitura no Brasil e de outras pesquisas similares e fazer um seminário de aprofundamento dos dados e depois formação de professores e professoras. Não para mandá-los fazer nada, os professores sabem exatamente o que devem fazer, mas para estabelecer um diálogo e levantar problematizações e reflexões no caminho de uma formação. Eu penso que é uma linha importantíssima que a ALB tem de seguir.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Editais de Financiamento de Ações da Leitura

ProAc lança editais de estímulo à leitura em bibliotecas públicas
Ascom SEC - 21/08/2012

Lançados no mês de agosto, editais do Programa de Ação Cultural (ProAC-Editais) apresentam novidades no segmento de literatura. Neste ano, a Secretaria de Estado da Cultura irá investir R$ 1,05 milhão no segmento Literatura, com foco não apenas na criação e publicação de livros, mas, também, na tradução de obras e fomento a atividades de estímulo à leitura.

Cinco concursos irão selecionar, ao todo, 40 projetos. São eles: coleção de primeiras obras, criação literária e tradução, histórias em quadrinhos, saraus literários e estímulo à leitura em bibliotecas públicas. O prazo para inscrições em qualquer um dos editais de literatura termina no dia 1º de outubro.

O Programa de Ação Cultural tem como principal objetivo fomentar a produção artística no estado de São Paulo. Para isso, a cada ano são lançados editais que funcionam como concursos. Os projetos inscritos são avaliados por uma comissão e, por fim, os melhores recebem incentivo financeiro para a execução do plano de trabalho apresentado.

Em 2012, os editais de literatura foram aprimorados para atender melhor às demandas do público e da classe artística. Um dos ajustes é a inclusão de projetos de tradução de livros estrangeiros para a língua portuguesa, em edital que também beneficia a criação de obras de ficção. Serão selecionados cinco projetos para tradução de livros e, outros quinze, para a criação de obras literárias. Todos os premiados receberão incentivo financeiro de R$ 10 mil, cada.

Já as atividades de estímulo à leitura serão contempladas por dois editais diferentes. O primeiro deles surgiu para suprir uma demanda crescente da sociedade paulista – os saraus literários. Realizados em espaços independentes, estes eventos têm se tornado referência em muitos bairros de São Paulo. Para incentivar a realização destes saraus, o ProAC irá premiar três projetos, com incentivo financeiro de R$ 40 mil para cada um. Vale ressaltar que, com o objetivo de descentralizar estas ações culturais, um dos premiados deve ser de outra cidade, que não a capital de São Paulo.

Já o outro concurso fomenta a realização de atividades em bibliotecas municipais do estado de São Paulo. Debates temáticos, cursos sobre literatura, palestras, leituras dirigidas, entre outros, estão entre as ações que podem ser contempladas. Dos sete projetos selecionados, cinco deverão ser, obrigatoriamente, de proponentes residentes fora da capital paulista.

Os dois últimos editais contemplam a publicação de coleções de livros inéditos de ficção, cujos autores nunca tenham publicado obra impressa, e produção e publicação de histórias em quadrinhos.

Entre os critérios de avaliação utilizados pela comissão de análise estão a excelência e criatividade do projeto,capacidade de estimular o interesse pela leitura, qualificação dos profissionais envolvidos, interesse público e descentralização geográfica.

DETALHAMENTO
Os editais estão disponíveis, na íntegra, no site da Secretaria de Estado da Cultura.

ProAC Nº 29 – PUBLICAÇÃO DE LIVROS – COLEÇÃO DE PRIMEIRAS OBRAS
Total: R$ 250 mil | 5 projetos de R$ 50 mil

ProAC Nº 30 – CRIAÇÃO LITERÁRIA E TRADUÇÃO
Total: R$ 200 mil
15 projetos de criação de R$ 10 mil
5 projetos de tradução de R$ 10 mil

ProAC Nº 31 – HISTÓRIAS EM QUADRINHOS
Total: R$ 200 mil | 5 projetos de R$ 40 mil

ProAC Nº 32 – SARAUS LITERÁRIOS
Total: R$ 120 mil | 3 projetos de R$ 40 mil

ProAC Nº 33 – ESTÍMULO À LEITURA EM BIBLIOTECAS PÚBLICAS
Total: R$ 280 mil | 7 projetos de R$ 40 mil

Educação: uma questão de gênero

Conferência: “Educação: uma questão de gênero”
Convidado: Profa. Dra. Lola Aronovich - Universidade Federal do Ceará
Data: 27 de agosto de 2012
Horário: 14 horas
Local: Salão Nobre da Faculdade de Educação - UNICAMP

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Prêmio Viva Leitura 2012


Caros,

A Fundação Biblioteca Nacional (FBN) já disponibilizou o edital para o Prêmio Viva Leitura 2012, que tem como objetivo estimular, fomentar e reconhecer as melhores experiências brasileiras relacionadas à prática da leitura. Ao todo serão distribuídos R$ 540 mil emprêmios, sendo R$ 30 mil para cada um dos 18 vencedores das três categorias da premiação: Bibliotecas Públicas, Privadas e Comunitárias; Escolas Públicas e Privadas; e Sociedade (empresas, ONGs, pessoas físicas, universidades e instituições sociais). O site para inscrições vai ao ar na próxima semana.
As incrições vão até 29 de setembro.
Vocês poderiam ajudar a divulgar?

Abraços
Lucília Garcez
PNLL
As inscrições são gratuitas e poderão ser feitas via internet, pelo site www.premiovivaleitura.org.br, ou via postal, como carta registrada, com Aviso de Recebimento (AR) endereçado a:
PRÊMIO VIVALEITURA
Fundação Biblioteca Nacional
Av. Rio Branco, n° 219 - Centro
CEP 20040-008 Rio de Janeiro- RJ

Os trabalhos enviados pelos Correios deverão conter a ficha de inscrição que se encontra no site www.premiovivaleitura.org.br devidamente preenchida e anexada ao trabalho.
Não serão aceitos formulários de inscrição e trabalhos enviados por fax.
  

II Seminário Internacional Empírika – Comunicação, Divulgação e Percepção de Ciência e Tecnologia


Pesquisadores, estudantes, profissionais e o público em geral estão convidados a participar do II Seminário Internacional Empírika – Comunicação, Divulgação e Percepção de Ciência e Tecnologia a ser realizado nos dias 26 e 27 de outubro, na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O evento está sendo organizado pelo Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor) da Unicamp. 

O Seminário foi pensado a partir das quatro linhas de pesquisa do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Divulgação Científica e Cultural do Labjor e Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) da Unicamp. São elas: 
1. Cultura Científica; 
2. Literatura, artes e comunicação; 
3. Informação, comunicação, tecnologia e sociedade; 
4. Percepção pública da ciência e tecnologia. 

As conferências, mesas redondas e minicursos, bem como os trabalhos inscritos, estarão relacionados a essas quatro linhas.

Trata-se de um evento gratuito, destinado a apresentação de trabalhos por meio de comunicações orais, pôsteres e vídeos com foco nas temáticas da divulgação científica e cultural. Serão aceitos trabalhos em português e espanhol. As inscrições de trabalhos (comunicações orais, vídeos e pôsteres) estarão abertas até 17 de setembro de 2012.

Informe-se sobre como participar, acesse a programação e acompanhe as notícias sobre o evento no site: 
http://polisempirika.org/seminario/

O II Seminário Internacional Empírika – Comunicação, Divulgação e Percepção de Ciência e Tecnologia integra a proposta da Empírika 2012, que envolve, além da organização de um evento científico, a realização da segunda edição da Feira Ibero-americana de Ciência, Tecnologia e Inovação. A primeira edição da Empírika aconteceu em 2010 em Salamanca, Espanha. A Feira Empírika 2012 acontecerá em São Paulo, entre os dias 23 e 25 de Outubro de 2012. 

Informe-se sobre a programação e formas de participação na Feira Empírika 2012 no site: 
http://www.empirika.org/pt

A Comissão Organizadora está reunindo todos os esforços para produzir um Seminário frutífero.

Esperamos nos encontrar em breve!

Att.
Comissão Organizadora do II Seminário Empírika

VII Congresso de Alfabetização, V Congresso de Educação Infantil e EJA: Práticas de leitura e de escrita para a constituição do sujeito


Prezados pesquisadores,

é com muita satisfação que divulgamos o site do VII Congresso de Alfabetização, V Congresso de Educação Infantil e EJA: Práticas de leitura e de escrita para a constituição do sujeito que acontecerão entre 11 a 14 de novembro de 2012 na Universidade Federal de Uberlândia.
Tivemos um pequeno problema com o site e somente agora ficou pronto. O prazo final para inscrição (com apresentação de trabalho) está previsto para 03/09/2012, mas devido ao atraso, as inscrições serão prorrogadas.
Peço a gentileza de verificarem a programação e, se for do interesse de vossos grupos de estudo, divulgarem o site para seus contatos.


Cordialmente,

Adriana Pastorello Buim Arena
Faculdade de Educação
Universidade Federal de Uberlândia

Palestra Machado Pais


quinta-feira 30 de agosto de 2012  
18h - 19h30  
Sala 118 - Prédio de Ciências Sociais e Filosofia (FFLCH-USP) 

A obliquidade metodológica:  
de um jeito de atuar a uma forma de pesquisar 
Prof. Dr. José Machado Pais 
Professor do Instituto de Ciências Sociais 
Universidade de Lisboa 

A atividade é gratuita e aberta aos interessados,  
sem necessidade de inscrição prévia 

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Revista Linha Mestra nº 21

Prezados(as),

Já está publicada a Edição nº 21 da Revista Linha Mestra, com os trabalhos do 18º Cole.

Acessem: http://alb.com.br/publicacoes/linha-mestra/edicoes-anteriores

DIRETORIA ALB
BIÊNIO 2012/2014

Sentidos da ALB - Mesa redonda com ex-presidentes da entidade

Como parte da comemoração dos 30 anos da Associação de Leitura do Brasil (ALB), foi realizada durante o 18o Congresso de Leitura do Brasil (Cole), a mesa redonda "Sentidos da ALB", com a participação de vários dos ex-presidentes e membros das diretorias da associação.
O vídeo da mesa redonda está publicado em http://cameraweb.ccuec.unicamp.br/video/37BOYA2U8NXW/.


Convite


segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Revista Olh@res - Unesp

Caros Colegas,

A Revista Eletrônica Olh@res, do Departamento de Educação da UNIFESP, está aceitando artigos para o seu primeiro número, a ser publicado ainda em 2012. 

O primeiro volume da revista Olh@res  trará um dossiê temático sobre os estágios curriculares e obrigatórios nas diversas licenciaturas, além de artigos, relatos de experiência e resenhas sobre outras temáticas relacionadas ao perfil editorial da revista. O prazo para submissão dos artigos é de 02/05/2012 a 30/09/2012. 
  
Por favor, divulguem a revista Olh@res. Maiores informações sobre a revista podem ser encontradas no site:  http://www.olhares.unifesp.br/


Cordialmente,

Equipe Editorial da Revista Olh@res
Profª. Drª. Adriana Braga
Prof. Dr. Clecio Bunzen
Profª Drª. Daniela Finco
Profª. Drª. Magali Silvestre
Profª. Drª. Regina Gualtieri

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Museu Desmiolado





PRÊMIO OS 30 MELHORES LIVROS INFANTIS CRESCER -2012
O escritor Alexandre Brito, com seu MUSEU DESMIOLADO, integra a lista dos 30 MELHORES DA CRESCER 2012. A revelação dos nomes ocorreu dia 31/05, onde os escritores e ilustradores premiados foram homenageados. Reunindo a crítica especializada, autoridades do setor do livro e convidados, O Prêmio Os 30 Melhores Livros Infantis Crescer - Edição 2012, distinguiu, entre autores nacionais e internacionais, aqueles lançamentos considerados por 42 especialistas em Literatura Infantil, os mais relevantes de 2011. A lista pode ser conferida na página da CRESCER, clicando no link -> OS 30 MELHORES DA CRESCER.
MUSEU DESMIOLADO na BOLOGNA CHILDREN'S BOOK FAIR - 2012
O MUSEU DESMIOLADO, publicado pela Editora Projeto com ilustrações de Graça Lima, também integra o Catálogo Brasileiro para a Feira Internacional do Livro de Bolonha - BOLOGNA CHILDREN'S BOOK FAIR 2012. O Catálogo pode ser visto no link da FNLIJ - Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil clicando -> AQUI
Alexandre Brito é poeta e músico. Escreve pra gente pequena, média e grande. Participa de atividades ligadas ao Livro e à Leitura em Escolas, Feiras e Eventos Literários, realizando Palestras, Saraulas e ministrando Poquet-cursos. Saiba mais em www.alexandrebrito.net.br
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O MUSEU DESMIOLADO

o museu desmiolado
é um museu muito engraçado
a entrada é pela janela
a saída pelo telhado

não tem nada de discreto
é um museu todo ao contrário
o tapete fica no teto
o lustre no assoalho

um lugar multifacetado
não segue o calendário
todo dia é feriado
manhã de domingo, sábado

um espaço diferente de tudo
nem parece desse mundo
o fim é no começo
a frente fica nos fundos

telha do lado de dentro
forro do lado de fora
cortina ao sabor do vento
relógio que não marca a hora

a escada desce pra cima
o elevador sobe pra baixo
quem sai já está de volta
quem chega já foi embora

o desmiolado é mesmo
um museu destrambelhado
onde todo dado é redondo
e todo ovo quadrado

AB
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O MUSEU DO CREPÚSCULO

o museu do crepúsculo
descerra suas portas ao fim da tarde

enquanto o sol arde
ele não abre

o museu do crepúsculo é exato
espera o último raio do dia se ir
para começar o espetáculo

são muitos crepúsculos em exposição
de Buenos Aires, Belo Horizonte, Assunção
São Luiz Gonzaga, Porto Alegre, Milão
tem até da cidade de Kioto no Japão

o céu se pinta de cores tão lindas
que não há palavra ou expressão
que as expresse em nenhuma língua

sobre o mar negro
o crepúsculo é rubro

nos polos, pode começar em julho
e só terminar em outubro

no oceano pacífico
as colorações não são nada pacíficas

no oceano atlântico
vão do vermelho ao azul ciano

nos dias de inverno 
os crepúsculos são sanguinolentos

nos de verão 
majestosos, cromáticos, intensos

o museu do crepúsculo é mágico
muda, muta, se transmuta
como as águas do rio Uruguai

no museu do crepúsculo
ou fora dele
não há dois crepúsculos iguais

AB
Museu Desmiolado
Ed. Projeto/2011

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

FÓRUM PERMANENTE - DESAFIOS DO MAGISTÉRIO


DESCONSTRUINDO A VIOLÊNCIA NA ESCOLA:
o que a realidade da escola básica traz à universidade e o que a universidade tem a contribuir para com a escola básica
 15 de agosto de 2012, quarta-feira
09h00 às 17h00
Auditório do Centro de Convenções da Unicamp

INFORMAÇÕES GERAIS
Local: Centro de Convenções da UNICAMP
Rua Elis Regina, 131 - Cidade Universitária
CEP: 13083-970 – Campinas, SP
Data: 15 de agosto de 2012, quarta-feira
Horário: das 09h00min às 17h00min
Informações e inscrições:  http://foruns.bc.unicamp.br/

Informações Adicionais

Secretaria de Eventos – FE/Unicamp

SOBRE O EVENTO
O fenômeno da violência tem se mostrado cada vez mais presente no cotidiano escolar. No dia a dia, educadores deparam-se frequentemente com situações em que a falta de ética é sentida e permeada, muitas vezes, pela violência. Comumente apontados como “bagunceiros”, meninas e meninos carregam um estigma e não encontram, na maioria das vezes, possibilidades de superação das dificuldades que têm de relacionamento. Discutir esses paradigmas e apresentar propostas a partir de investigações científicas que se têm conduzido junto à universidade para que possam superar a violência na escola constitui-se em mais que um desafio, uma necessidade em tempos atuais.

COORDENADORAS
Profa. Dra. Ana Maria Falcão de Aragão
Profa. Dra. Luciene Regina Paulino Tognetta
Profa. Dra. Telma Pileggi Vinha
PROGRAMAÇÃO
Manhã
9h – Abertura: integrantes da mesa
Profa. Dra. Carmen Zink Bolonhini - Assessora da Coordenadoria Geral da UNICAMP
Prof. Dr. Luiz Carlos de Freitas – Diretor da Faculdade de Educação da Unicamp
Cecília de Godoy Camargo Pavani – Departamento de Educação da RAC
Prof. Dr. Antonio Carlos Amorim – Presidente da ALB
Dra. Luciene Regina Paulino Tognetta – Pesquisadora do Laboratório de Psicologia Genética da Faculdade de Educação da Unicamp e Vice-líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Moral (GEPEM) da UNESP
Profa. Dra. Ana Maria Falcão de Aragão – Faculdade de Educação
Profa. Dra. Telma Pileggi Vinha – Faculdade de Educação
9h30 às 12h00 – Seminário “Um panorama geral da violência na escola e o que se tem feito para combatê-la”
9h30 – As dificuldades do cotidiano escolar e o bullying: seriam todas violências?               Profa. Dra. Luciene Regina Paulino Tognetta – GEPEM/LPG – FE/Unicamp
10h15 – "A indesejável e significativa indisciplina na escola: o que nos falta compreender ou fazer?"                                                                                                            
Prof. Dr. Joe Garcia – Professor Adjunto do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Tuiuti do Paran
11h15 - As classes difíceis e suas caras: por que tem sido tão difícil vencer a violência na escola básica?                                                                                                                
Profa. Adriana de Melo Ramos – Pós Graduação/GEPEM – FE/Unicamp
12h00 - 14h00 – Almoço
Tarde
14h00 às 16h30 – Seminário “As intervenções possíveis: o que dizem as pesquisas para combater a violência na escola?”
14h00 - Escola e família: o olhar para o conflito como oportunidade de desenvolvimento                                                                                             Profa. Dra. Telma Pileggi Vinha – GEPEM/LPG – FE/Unicamp
14h50 - A superação da indisciplina e da violência na escola pela gestão participativa     Profa. Dra. Ana Maria Facão de Aragão - GEPEC – FE/Unicamp
15h40 - Estilos de resolução de conflitos: o que a escola pode fazer?                               
Profa. Dra. Vanessa F. Vicentin – GEPEM – FE/Unicamp
16h30 – Encerramento

ORGANIZADORES

FE – Faculdade de Educação
A Faculdade de Educação (FE) da Unicamp foi criada em 1972. Sua missão é desenvolver e realizar programas e projetos de formação de professores e pesquisadores em Educação capazes de atuar em todos os níveis e áreas da educação brasileira, a fim de atender a ampla demanda por profissionais da educação e contribuir para a melhoria do sistema educacional e a promoção da justiça social. Atualmente, oferece os cursos de graduação de Pedagogia e de Licenciatura Integrada em Física e Química. Seu programa de Pós-Graduação em Educação recebe estudantes das mais diversas regiões do Brasil e do exterior. Em 2012, a FE completa 40 anos de uma rica história de defesa da universidade pública, gratuita e de qualidade e da democratização do conhecimento.

O Laboratório de Psicologia Genética (LPG), o Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Moral (GEPEM) e o Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Continuada (GEPEC), da FE, são os responsáveis pela organização deste Fórum. Eles contam com o apoio do Mercado de Letras.

Site do GEPEM: http://www.gepem.org
Site do Mercado de Letras: http://www.mercado-de-letras.com.br/

ALB – ASSOCIAÇÃO DE LEITURA DO BRASIL
A ALB – A Associação de Leitura do Brasil é uma sociedade científica sem fins lucrativos; legalmente instituída desde novembro de 1981, em Campinas. É um espaço privilegiado de análise e crítica das condições de leitura no país e lugar de luta pela efetiva garantia do exercício da cidadania pela maioria excluída. A ALB congrega todas as pessoas que estão interessadas no estudo e discussão de questões relativas à leitura – pesquisadores, professores de todos os níveis, estudantes universitários, bibliotecários, jornalistas, editores, livreiros, historiadores etc. Prioritariamente suas ações são: a realização de Congressos, dentre os quais se destaca o COLE (Congresso de Leitura do Brasil), bianualmente na UNICAMP, e o Seminário Nacional “O Professor e a Leitura do Jornal”, o estímulo à organização e implantação de grupos regionais de estudos e pesquisas, apoiando seus trabalhos e facilitando a troca de experiências; a dinamização da Roda de Pesquisadores da ALB, a publicação de livros, revistas, cadernos e boletins, nos quais não apenas se expressam os pontos de vista da ALB, mas os dos estudiosos dos temas.
Site da ALB: http://www.alb.com.br

RAC – REDE ANHANGUERA DE COMUNICAÇÃO
A Rede Anhanguera de Comunicação é constituída por um complexo multimídia que envolve os jornais Correio Popular e Diário do Povo, Notícias Já, a Revista Metrópole, Gazeta do Cambuí, Gazeta de Piracicaba, Gazeta de Ribeirão, o portal Cosmo /on line/ e a Agência Anhangüera de Notícias, além da empresa Grafcorp. Atende a um mercado de mais de cinco milhões de consumidores que tem Campinas como cidade principal. Desde 1992, através de seu Departamento de Educação, desenvolve o programa Correio Escola, pioneiro no Estado de São Paulo, promovendo o prazer da leitura em salas de aula mediante o uso de jornais.