quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Crônica de Elaine Hoffmann

Leiam no nosso blog, na aba "Leia na íntegra: livros, revistas, artigos"  http://blog-alb.blogspot.com.br/p/leia-na-integra-livros-revistas-artigos.html,
a crônica AS VERDADES QUE AS MULHERES CONTAM de Elaine Hoffmann.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012


Livro sobre Sustentabilidade nas Universidades


Lançamento do livro sobre a sustentabilidade nas universidades ibero-americanas


No próximo dia 03 de dezembro será lançado o livro “Visões e experiências ibero-americanas de sustentabilidade nas universidades”, em ocasião da reunião de Bogotá (Colômbia) da Global Universities Partnership on Environment and Sustainability (GUPES),do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

O livro é um dos resultados da cooperação técnica e acadêmica entre o Programa USP Recicla, da Superintendência de Gestão Ambiental (SGA-USP), a Universidade Autônoma de Madri e a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), e apresenta um quadro de produções teóricas e relatos de experiências sobre a incorporação da dimensão ambiental e da sustentabilidade em instituições de educação superior sob a visão de autores do Brasil, Espanha, Argentina, Chile, Colômbia e Inglaterra.

A publicação é composta por 44 capítulos organizados em quatro seções; as duas primeiras abordam os desafios para a incorporação da sustentabilidade na educação superior em geral e nas funções de extensão, planejamento e gestão de campi universitários e ensino e pesquisa. A terceira seção trata das aprendizagens e desdobramentos do projeto de cooperação entre USP e UAM. Por fim, a quarta seção traz uma seleção dos trabalhos apresentados no 3º Seminário sobre Sustentabilidade naUniversidade, realizado em São Carlos (SP), em 2011. Confiamos que esta publicação represente um aporte importante para a literatura e a prática sobre o tema dasustentabilidade na educação superior, podendo constituir-se em referência para asuniversidades ibero-americanas.

A publicação foi coordenada por Patrícia Silva Leme, educadora da Superintendência de Gestão Ambiental/USP, Alessandra Pavesi, pesquisadora na área de planejamento sustentável de currículos e campi universitários, David Alba e Maria José Diaz, pesquisadores da equipe de Educação Ambiental da Universidade Autônoma de Madri e contou com financiamento da SGA, da Agencia Española de Cooperación Internacional para el Desarrollo (AECID) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES.

A educadora Patrícia Leme e o assessor da SGA/USP, Prof. Victor Ranieri, representarão a equipe de autores no lançamento do livro em Bogotá.

O livro está acessível em PDF  no site da Plataforma da Sustentabilidade:www.projetosustentabilidade.sc.usp.br

Acesso direto: 

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Balada Literária 2012


BALADA LITERÁRIA 2012
De 28 de novembro a 2 de dezembro

VII ANO  |  ENTRADA FRANCA

http://baladaliteraria.zip.net/

APRESENTAÇÃO

Mais um ano de Balada Literária.

Este é o sétimo.

E a cada ano é uma festa diferente.

Não estranhe, por exemplo, se não encontrar, abaixo, 
nenhuma foto de escritores.

É que o homenageado deste ano é o paulista Raduan Nassar.

Ele que abandonou a literatura depois de escrever dois clássicos brasileiros, 
Lavoura Arcaica e Um Copo de Cólera.

Logo, o que vale é a obra.

E são as obras que darão a cara - e o tom - 
da Balada Literária 2012.

Obras cruciais que, muitas vezes, levaram os seus autores 
à censura, à perseguição.

Discutiremos o que é ser poeta na época de hoje.

Falaremos de mídia, linguagens radicais, novos suportes para a literatura.

Celebraremos o teatro, a TV, o cinema.
Tudo discutido de forma descontraída - e pulsante.

A literatura sem frescura. Como tem de ser.

Veja a programação abaixo. E apareça.
Assim, "sem aparecer".

Esperamos por você.

MARCELINO FREIRE
Criador e Curador

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

“Escritas, leitores e história da Leitura”

Foi lançado na 40ª Feira do Livro de Pelotas o livro “Escritas, leitores e história da Leitura” e já está disponível através da livraria da UFPel.
Este livro reúne artigos de professores da UFMG, PUC-MG, Unicamp, UFRGS, UFPel, UFOP.


quarta-feira, 21 de novembro de 2012

I Seminário Internacional sobre Infâncias e Pós-Colonialismo


I Seminário Internacional sobre Infâncias e Pós-Colonialismo: pesquisas em busca de pedagogias descolonizadoras, a ser realizado nos dias 22, 23 e 24 de novembro de 2012 é um evento organizado pelo grupo de pesquisa GEPEDISC-Culturas Infantis da Faculdade de Educação da UNICAMP. Tem como objetivo discutir pesquisas e pedagogias nos campos da Educação, Infância e Educação Infantil sob a tensão de abordagens marxistas e em direção ao pensamento pós-colonialista, em busca da construção de aportes teóricos que favoreçam pensar pedagogias descolonizadoras das infâncias circunscritas às diferentes realidades do Brasil. Numa perspectiva antropofágica vamos devorar, reinventar e problematizar pesquisas e pedagogias e que buscam dar conta das dimensões artísticas, culturais e educacionais, provocando o público e os/as palestrantes para refletir sobre a questão: e quando a ‘inclusão excludente’ é com pessoas de 0 a 12 anos de idade? 

“Se as crianças conseguissem fazer entender seus protestos em um maternal, ou mesmo simplesmente suas questões, isso bastaria para causar uma explosão nos sistemas de ensino" (Michel Foucault)

Exposição fotográfica mostra imagens de alunos de comunidade quilombola



Será aberta, nesta quarta-feira (21), às 15h, a 1ª Exposição Fotográfica: Beleza Jovem da Matinha dos Pretos, em alusão as comemorações da Semana da Consciência Negra, no hall da Biblioteca Central da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs). As imagens retratam estudantes da Escola Municipal Rosa Maria Esperidião Leite, da comunidade remanescente quilombola do distrito de Matinha, de Feira de Santana.
A iniciativa tem o objetivo de valorizar as pessoas da comunidade, “belas de traços étnicos e de espírito”, conforme afirmou a professora de Educação Física Carla Borges, da Uefs e que atua na escola.
As fotografias são de autoria do professor Balmukund Patel, do Departamento de Saúde da Uefs, e de Carla Borges. A curadoria é da professora Ivanilde Matos.
Na abertura haverá considerações da equipe responsável pela exposição e de representantes da escola da comunidade. Os alunos fotografados receberão imagens do trabalho em tamanho reduzido. Ainda nesta semana a exposição será levada sexta-feira para a Escola Municipal Rosa Maria Esperidião Leite.

Ascom/Uefs
21/11/12


Prezados, 
Segue convite eletrônico e link para a programação do evento "Harun Farocki e a Política das Imagens". Agradeço a colaboração na divulgação.

PROGRAMAÇÃO COMPLETA:http://harunfarockieapoliticadasimagens.wordpress.com/

terça-feira, 20 de novembro de 2012

II Seminário Lelit

ASSOCIADOS DA ALB EM DIA COM A ANUIDADE TÊM ISENÇÃO DA TAXA DE INSCRIÇÃO NO EVENTO!!!


terça-feira, 13 de novembro de 2012

Museu Casa de Benjamin Constant


Exibida no período da 6ª Primavera de Museus em setembro, a exposição "Entre Dias - Narrativas no Caramanchão" está de volta a nosso museu em comemoração ao mês daProclamação da República. A intervenção de Renata Casimiro traz o livro "O Diário de Bernardina", filha de Benjamin Constant, em um novo "formato" - lúdico e delicado - estará em exibição em nosso caramanchão, aberto a todo o público que vier nos visitar no período de 14 de novembro a 2 de dezembro, no horário de 8h às 17h.
Lançamento do livro Leitura em Bakhtin e Paulo Freire: palavras e mundos. A publicação será lançada no evento Rodas de Conversa Bakhtiniana, no dia 16\11, na UFSCAR/SP. 

SINOPSE


             O pensamento de Paulo Freire tem subsidiado investigações nas mais diversas áreas do conhecimento: no Direito, na Saúde, nas Ciências Biológicas, em Educação Ambiental. Na Linguística, entretanto, são ainda rarefeitos os estudos acerca do pensamento freireano, mesmo sobre sua proposta para a aquisição inicial da leitura, a alfabetização.
             Em suas Considerações em torno do ato de estudar, na página 9, de uma versão eletrônica da quinta edição do livro Ação Cultural para a liberdade e outros escritos, Freire afirmou que “estudar seriamente um texto é estudar o estudo de quem, estudando, o escreveu. É perceber o condicionamento histórico-sociológico do conhecimento. É buscar as relações entre o conteúdo em estudo e outras dimensões afins do conhecimento” (FREIRE,2007, p. 9) .
A essa assertiva subjaz a concepção de que não existe pensamento inédito.  Essa direção indicada por Freire remete à tese bakhtiniana de que nenhum homem alçará novamente à condição de Adão, ou seja, a de dizer algo pela primeira vez porque, no dizer de Bakhtin (2010, p. 100) “cada palavra evoca um contexto ou contextos nos quais ela viveu sua vida socialmente tensa; todas as palavras e formas são povoadas de intenções”.
              Assim como Bakhtin, também Paulo Freire destaca a palavra, sua ligação com o mundo, ao dizer que a “compreensão do mundo se alonga na inteligência da palavra”. Tal convergência nos chamou a atenção, conduzindo ao esboço de uma arquitetônica do fundamento linguístico-filosófico das proposições de Freire para o que consideramos uma pedagogia da leitura.  Nos escritos desses dois grandes pensadores, encontramos elementos verbais que evidenciam a interface entre suas proposições, mais especificamente, em conceitos encontrados nas discussões de ambos, tais como linguagem, palavra, consciência, diálogo e dialogismo, que designam fenômenos constituintes das relações humanas.
              Então, levando em conta as contribuições cada vez maiores dos estudos do Círculo de discussões ao qual foi dado o nome de Bakhtin para as pesquisas linguísticas, posicionamo-nos, diríamos, na “trincheira” entre a Linguística e a Educação, a Pedagogia, mais especificamente, as proposições de Paulo Freire sobre a linguagem, o ensino da leitura.
               Assim posicionada, debruçamo-nos sobre os textos desses dois pensadores, com as seguintes proposições:
              Dos escritos de Mikhail Bakhtin:
   apresentamos discussões de alguns estudiosos acerca dos conceitos-chave que constituem o pensamento de Bakhtin em sua busca pela realização do projeto de esboçar uma filosofia da linguagem, constituinte dos sujeitos e por eles constituída em  seu devir;
Dos escritos de Paulo Freire:
   elencamos os conceitos basilares da proposta pedagógica para o ensino e a aprendizagem da leitura na alfabetização, iniciando com seu texto Educação e Atualidade Brasileira, tese com a qual pleiteou uma vaga de professor na Escola de Belas Artes, em 1959;
   apontamos em outros escritos seus o percurso da construção de tais conceitos, bem como os pressupostos linguístico-filosóficos evidenciados como norteadores dessa construção.
Das proposições de Bakhtin e de Paulo Freire:
       esboçamos uma arquitetônica linguístico-filosófica do discurso de Freire acerca de uma pedagogia da leitura;
   analisamos os conceitos basilares de Freire, comparando-os aos delineados  por Bakhtin, tais como linguagem, palavra, consciência, diálogo e dialogismo, investigando-lhes as vertentes, as aparentes coincidências;
   elaboramos uma cronologia comparativa Bakhtin\Freire, desvelando possíveis aproximações, apesar dos distanciamentos espaço-temporais entre esses dois pensadores.
              O ponto de chegada é a promoção do diálogo, no sentido bakhtiniano, que descarta a necessária concordância, entre a Pedagogia e os estudos linguísticos, no intuito de contribuir para que a interdisciplinaridade fortaleça o trabalho com formação de professores, principalmente os que lidam mais diretamente com o ensino da leitura em sua aprendizagem inicial.
            No percurso, trazemos primeiro os ditos de\sobre Bakhtin, pensador russo contemporâneo à Revolução Vermelha, acontecimento durante o qual se consolidou um regime opressor. O cenário de sua produção foram as Rússias compreendidas entre as décadas de 1920 e 1970, para usar um termo empregado por Brait (2009, p. 11), nos Círculos formados durante a efervescência cultural que grassou nos anos seguintes à Revolução Russa, nos quais se discutiam ideias sobre a linguagem, em busca da construção de uma filosofia para esse artifício do qual só os seres humanos são capazes de lançar mão para dizer e, por meio deste, fazer.
            De acordo com Souza (2002), estudar os fundamentos da obra de Bakhtin e de seu Círculo demanda o cumprimento de algumas exigências, quais sejam:
1.a compreensão dos tempos e espaços de sua produção;
2.um confronto de traduções em que essas produções escritas circulam, bem como de suas leituras no ocidente;
3.a busca de uma, entre múltiplas entradas na obra, que nos permita avançar nos estudos da linguagem (SOUZA, op. cit., p. 12-17)
             Apoiando-nos nos dois primeiros imperativos elencados por Souza (2002), já cumpridos por reconhecidos estudiosos de Bakhtin, no Brasil e em outros países,   escolhemos a “entrada” apontada por Brait (2005, 2006) em dois estudos: Bakhtin: conceitos-chave (2005) e Bakhtin: outros conceitos-chave(2006), que reúne vinte e oito conceitos presentes na produção de Bakhtin, dos quais elencamos cinco. Os conceitos são linguagem, palavra, consciência e diálogo, cujo princípio fundante é o dialogismo; não tomados de forma estanque, mas como constituintes dos atos humanos intencionados ao mundo e por ele constituídos.
           

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

domingo, 11 de novembro de 2012


O último livreiro do império

Há quase 170 anos, em uma ruazinha no centro de Campos, existe uma livraria que nunca parou de funcionar

11 de novembro de 2012 | 2h 08

JOTABÊ MEDEIROS, ENVIADO ESPECIAL, CAMPOS DOS GOYTACAZES - O Estado de S.Paulo
Comenta-se que José do Patrocínio, filho e cidadão de Campos dos Goytacazes, comprou ali na livraria Ao Livro Verde a pena com a qual a princesa Isabel assinaria a Lei Áurea, em 1888, libertando os escravos no Brasil. E olha que, àquela altura, a livraria já tinha 44 anos e durado mais que a imensa maioria das livrarias atuais do planeta, as Barnes and Noble e as Borders que morrem como moscas diante das mudanças da era digital e do e-commerce.
A história da caneta de Patrocínio é meio lendária, mas quase todo o resto ainda está por ali para ser comprovado, como os três balcões originais da antiga loja, uma cristaleira palito de perfumes (na época, perfume se vendia em livraria, e não em farmácia), fotografias antigas por todo lado, a fachada original com o nome do estabelecimento em relevo. Em 1995, o Guinness Book reconheceu sua longevidade e lhe concedeu o título de A Livraria Mais Antiga do Brasil.
Os tempos ditaram as mudanças, pela sobrevivência: apesar da oferta de volumes novinhos de Getúlio, de Lira Neto; Marighella, de Mário Magalhães; Verão da Lata, de Wilson Aquino; e da autobiografia de Neil Young; a loja Ao Livro Verde é hoje mais papelaria do que livraria. Vende livros didáticos, arquivos de papel e pen drives. Tem um pequeno café e um computador para acesso à internet. Possui 27 funcionários, a maioria especializada no atendimento de papelaria, sem intimidade com a literatura.
A uma quadra do Rio Paraíba do Sul, a livraria chegou a ser a joia da intelectualidade portuguesa da corte que atracava no antigo Cais do Imperador. Foi para esse público que foi criada, em 1844, pelo empreendedor português José Vaz Corrêa Coimbra. Citada pelo escritor José Cândido de Carvalho (outro filho de Campos) no livro O Coronel e o Lobisomem, a livraria fluminense foi inaugurada em 13 de junho de 1844, e pertenceu a três famílias - a atual, Sobral, a comprou do alemão Max Zuchner e a administra desde os anos 1940. Um anúncio no jornal O Monitor Campista, de 1844, já mostrava a vocação futura do estabelecimento: a loja oferecia, além de livros e serviços gráficos, "miudezas, lindo sortimento de joias, drogas medicinais e para pinturas e o legítimo rapé Bernardes".
A ruazinha onde fica o predinho já teve três nomes (Barão de Cotegipe, Rua Bananal e a atual denominação, Rua Governador Teotônio Ferreira Araújo) e a numeração foi mudando, mas a livraria nunca se mexeu um milímetro do seu lugar. "Não posso acabar com essa livraria, ela vai para 200 anos", diz o atual proprietário, Ronaldo Sobral. No momento, a rua está em obras, estão alargando as calçadas e revitalizando, mas os trabalhos prejudicaram sensivelmente o movimento, queixa-se o comerciante.
O balconista Carlos Américo Machado Franco, de 76 anos, começou a trabalhar ali aos 16 anos. "Eu vinha de bonde. Atendi aqui clientes que tinham 95 anos, e que eu conhecia da vida toda. Tinha muitos do tempo das usinas, mas elas fecharam", conta. O comércio que mais resistiu foram duas casas de ferragens e duas farmácias, que passaram do século 19 para o 20, mas também já fecharam.
Muitos foram até ali conferir a lenda da livraria que nunca fechou, do acadêmico Austregésilo de Athayde ao escritor Carlos Heitor Cony e o cartunista Ziraldo, que deixou um desenho e um autógrafo num cartaz da livraria. "Aqui reúne uma turma muito boa, vem o pessoal da Academia Campista de Letra", orgulha-se o fotógrafo aposentado Wilton Moreira, de 85 anos, um dos mais antigos clientes - tem mais de 50 anos que passa por ali diariamente, toma um cafezinho e pega os jornais para ler.
Em 1988, o Primeiro Encontro Internacional de Tradutores levou até a Ao Livro Verde intelectuais do mundo todo, que deixaram seus nomes no livro de visitantes: a francesa Alice Raillard, o alemão Curt Meyer-Clasen, o italiano Mario Merlino, o dinamarquês Per Johns. Os jovens poetas e escritores da cidade são habitués, mas compram pouco. "Intelectual não tem veia comercial. Livro raro é coisa de colecionador, a casa aqui sempre foi fiel ao fundador", diz Sobral, de 65 anos. O prédio foi tombado pelo município, mas nunca recebeu nenhuma atenção dos governos do Estado e Federal.
Ao Livro Verde passou por duas guerras mundiais, pelas revoluções todas, pela ditadura militar, pela dance music, pelos livros de autoajuda. "E nunca fechou!", sentencia Ronaldo Sobral. Ele tem três filhos, um advogado, uma especialista em informática e um gerente de banco. Se vão prosseguir com a tradição? "O passado já passou, e o futuro quem sabe?", avalia o livreiro. "Mas é muito difícil, é uma luta. Tem hora que dá vontade de desistir."
"Quando o Kadafi morreu, lembraram que ele tinha escrito um certo Livro Verde e telefonaram para mim, não sei se foi da Folha de S.Paulo ou do Estado, para perguntar o porquê do nome da loja", diverte-se às gargalhadas Sobral. O nome já era um século mais velho que o ditador líbio, mas ninguém sabe sua origem. Não há referência bibliográfica. O jornal Monitor Campista, o primeiro a registrar uma oferta da livraria, em sua abertura, já começou com um erro digno de um "Erramos": chamou-a de Loja do Livro Verde, quando na verdade a própria fachada dizia Ao Livro Verde.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

ALB subscreve Carta Aberta ao CNPq e à CAPES


Carta Aberta
Aos representantes das áreas de Ciências Humanas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

                        O programa de fomento aos periódicos científicos financiados por editais do CNPq/CAPES logrou bons resultados nos últimos anos, especialmente pelo caráter inclusivo, uma vez que essas instituições adotam como característica comum uma compreensão horizontal das ciências, não por acaso constituem, cada qual ao seu modo, diferentes Comitês de Áreas e/ou Assessores. Contrariando essa concepção, a chamada MCTI/CNPq/MEC/CAPES n.09/2012 estabelece condicionalidades para a participação de periódicos que resultarão, certamente, em significativa redução da participação dos periódicos das áreas de ciências humanas e sociais.[1] Essas condicionalidades resultarão em restrições, justamente pela necessidade de indexação no ISI (Thomson Co.), Scopus (Elsevier), PubMed (US National Library of Medicine) ou Scielo. O processo de indexação em cada uma das bases citadas mereceria uma reflexão apurada, uma vez que existe uma literatura nacional e internacional que contextualiza sua importância e especificidade para as distintas áreas científicas.  Entretanto, a demanda dos editores nesse momento pauta-se em dois aspectos da chamada, entre outros possíveis que exigiriam maior tempo para discussão. O primeiroaspecto é a isonomia. Os editais “universais”, constituídos por recursos públicos, deveriam se pautar em políticas horizontais, motivo pelo qual não há sentido em privilegiar algumas áreas, a exemplo das indexações da PubMed, o que fere, de partida, as condições isonômicas de concorrência. O segundo aspecto guarda relação com o não reconhecimento, na referida chamada, da própria política de qualificação do Qualis-Capes. Para se ter uma ideia, nas áreas de geografia, história e sociologia, existem aproximadamente 15 periódicos nacionais classificados como A-1 e pelo menos outros 30 classificados como A-2 e mais de 60 classificados como B-1, isso sem enumerar os periódicos nas áreas de educação, arquitetura, urbanismo, ciências políticas, filosofia, direito etc. Não podemos deixar de destacar que a mesma instituição que classifica periódicos de A-1 e A-2 (avaliação de excelência como indicado em diferentes documentos de áreas da CAPES) coloca, em uma chamada conjunta com o CNPq, condicionalidades para participação desses mesmos periódicos.
                        Enfim, não se trata de negar a relevância dos indexadores. Ao contrário, os indexadores são importantes ferramentas de mapeamento do público leitor e quantificação do impacto da produção científica. Contudo, negar a avaliação do Qualis como parâmetro de qualidade nos parece um procedimento que desconsidera os caros debates, com participação de editores e representantes de área, que ocorrem na própria CAPES.
 
02/04
 
Com os argumentos descritos, solicitamos a reconsideração dos parâmetros de exclusão presentes na chamada 09.2012-CNPq-CAPES.
 
Os editores que subscrevem:
Tadeu Alencar Arrais, Boletim Goiano de Geografia, Universidade Federal de Goiás
Eliane Martins de Freitas, OPSIS-História, Universidade Federal de Goiás
Lucia Helena de Oliveira, Revista Geografia, UNESP-Rio Claro
José Carlos, Em Debate – Sociologia, Universidade Federal de Santa Catarina
Arturo Zavala, Revista de Estudos Sociais, Universidade Federal do Mato Grosso
Maria do Rosário/Peter Zoetti, Cadernos de Arte e Antropologia, Universidade Federal da Bahia
Antônio Thomas Júnior, Pegada, UNESP-Presidente Prudente
Maria da Conceição Fonseca, Estudos de Lingua(gem), Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
Emerson Galvani, Revista do Departamento de Geografia, Universidade de São Paulo
Sony Ray, Revista Música Hodie, Universidade Federal de Goiás
Giovani Pires, Motrivivência-Educação Física, Universidade Federal de Santa Catarina
Charles França, Terra Livre, Associação dos Geógrafos Brasileiros
Eustógio Dantas, Mercator, Universidade Federal do Ceará
Olga Rosa Cabrera Garcia, Revista Brasileira do Caribe, Universidade Federal do Maranhão
Yolanda Guerra, Revista TemporalisABEPSS
Zeny Rosendahl, Espaço e Cultura, Universidade Estadual do Rio de Janeiro
Cláudio Luiz Zanotelli, Geografares, Universidade Federal do Espirito Santo
Angelo Serpa, Geotextos, Universidade Federal da Bahia
José Gilberto de Souza, Estudos Geográficos, Unesp–Rio Claro
Luiz Eduardo Panisset Travassos, Caderno de Geografia, PUC-MG
João Cleps Júnior, Campo Território, Universidade Federal de Uberlândia
Rosemeire Almeida, Boletim Três Lagoas, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul
Rafael da Silva de Oliveira, Acta Geográfica, Universidade Federal de Roraima
Marcos Edras, Desenvolvimento Social, Universidade Estadual de Montes Claros-MG
Ivanilton José de Oliveira, Ateliê Geográfico, Universidade Federal de Goiás
Cláudio Benito, Entre-Lugar, Universidade Federal Grande Dourados -MS
Carmem Lúcia Costa, Espaço em Revista, Universidade Federal de Goiás
Adriana Dorfman, Boletim Gaúcho de Geografia, AGB- Rio Grande do Sul
Cláudio Ubiratam, Geografia, Universidade Federal de Pernambuco
Christian Dennys Monteiro de Oliveira, Geosaberes, Universidade Federal do Ceará
Tathiana Rodrigues Salgado, Revista Élisée, Universidade Estadual de Goiás
João Batista Pereira Cabral, Geoambiente Online, Universidade Federal de Goiás
Denis Castilho, Territorial, Universidade Federal de Goiás
Márcio Mendes Rocha, Percurso, Universidade Estadual de Maringá-Paraná
Elson Rezende de Melo, Revista de Ciências Humanas, Universidade Federal de Viçosa-MG
Cicilian Luiza Sahr, Terr@Plural, Universidade Estadual de Ponta Grossa-Paraná
Sandra de Fátima Oliveira, Terceiro Incluído, Universidade Federal de Goiás
Antônio Fábio Sabbá Guimarães, GEONORTE, Universidade Federal do Amazonas
Aruanã Antônio dos Passos, Expedições – teoria da história e historiografia, Universidade Estadual de Goiás
Helder Buenos Aires de Carvalho, Cadernos do PET Filosofía , Universidade Federal do Piauí 
José Elias Pinheiro Neto - Building the Way - Universidade Estadual de Goiás.
Sonia Peduzzi/Luiz Peduzzi, Caderno Brasileiro de Ensino de Física, Universidade Federal de Santa Catarina
Alipio de Sousa Filho, Revista Bagoas: estudos gays  - gênero e sexualidade, Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Diane Daniela Gemelli e Leandro Neri Bortoluzzi, Geografia em Questão, AGB-Marechal Cândido Rondon/PR
Léo Carrer Nogueira, Revista de História da UEG, Universidade Estadual de Goiás
Everton de Santa, Texto Digital, Universidade Federal de Santa Catarina
Edmilson Marques, Revista Espaço Livre, NUPAC/Núcleo de Pesquisa e Ação Cultural
Herve Théry / Neli Aparecida, Confins/Revista Franco-Brasileira, Universidade de São Paulo
Daniela Motta de Oliveira, Instrumento - Revista de Estudo e Pesquisa em Educação, UFJF
Davina Marques e Antonio Carlos Amorim - Revista Leitura: Teoria & Prática, ALB
Fernando Mendonça Heck, Pegada, UNESP-Presidente Prudente
Letícia Jovelina Storto, Revista Entretextos, UEL, Universidade Estadual de Londrina
Marco Barzano, Sitientibus, Universidade Estadual de Feira de Santana.
Eduardo Marandola Jr., Geograficidade, Unicamp-SP
Elza Margarida de Mendonça Peixoto, Germinal: Marxismo e Educação em Debate , UEL
Nicolas Floriani, Terr@PluralUEPG
Ivo da Silva Junior, Cadernos NietzscheUSP, UNIFESP
Denise Pahl Schaan, Amazônia – Revista de Antropologia, Universidade Federal do Pará
Eliane Superti. PRACS-Revista de Ciências Humanas, Universidade Federal do Amapá
Maria Encarnação Beltrão Spósito, Cidades, Grupo de Estudos Urbanos (GEU)
Helion Póvoa Neto, Coordenador de publicações do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro-IPPUR/UFRJ 
José Sílvio de OliveiraItinerarius Reflectionis, Campus Jataí da Universidade Federal de Goiás.
Rachel Gazolla, Hypnos/Filosofia, PUC-São Paulo
Anete AbramowiczRevista Eletrônica de Educação, Universidade Federal de São Carlos
Berenice Bento e Orivaldo Pimentel,  Revista Cronos, Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Roberta Barni, Revista de Italianística, Universidade de São Paulo
Gildenir Caroliono Santos - ETD - Educação Temática Digital, UNICAMP-SP
Heloísa Helena Pimenta Rocha, Revista Brasileira de História da Educação, Unicamp-SP
José Claudinei Lombardi, Revista Histedbr On Line, Unicamp-SP
Maria Ângela Miorim e Dione Lucchesi de Carvalho, ZETETIKé-Faculdade de Educação, Unicamp-SP
Silvia Balestreri Nunes, Revista Cena, Universidade Federal do Rio Grande do Sul
 
 
As instituições que subscrevem:
Associação de Geógrafos Brasileiros – AGB
Associação de Leitura do Brasil – ALB
Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia-ANPEGE
Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação - ANPEd
Associação Brasileira de Ensino de Biologia - SBEnBIO
Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social-ABEPSS
Associação de Geografia Teorética – AGETEO
Fórum de Editores da ANPEGE
Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional – IPPUR/UFRJ
Programa de Pesquisa e Pós-Graduação em Geografia – Goiânia/UFG
Programa de Pesquisa e Pós-Graduação em Geografia – Jataí/UFG
Programa de Pesquisa e Pós-Graduação em Geografia – Catalão/UFG
Programa de Pós Graduação em Ciências Sociais/UFRN
Sociedade Brasileira de História da Educação – SBHE
Sociedade Brasileira de Educação Matemática – SBEM
 
 
 
Enviada no dia 01 de novembro e no dia 06 de novembro de 2012 para os seguintes contados institucionais:
 
Capes – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
 
CNPq – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
ouvidoria@cnpq.br
 
Contato para novas adesões: