A Unicamp vai sediar o 18º Congresso de Leitura do Brasil (Cole), de 16 a 20 de julho. “O mundo grita. Escuta?” é o tema do evento em que se pretende promover o entrelace de diferentes formas de expressão: a postagem (cartas, telegramas, cartões postais, torpedos), as artes (fotografia, música, literatura, teatro, dança, cinema, instalações), as formas de vida (da infância, da loucura, da velhice, da juventude, das relações socioculturais) e as dobras da língua portuguesa (atravessamentos subjetivos, polissêmicos, polifônicos, políticos).
Organizado pela Associação de Leitura do Brasil (ALB), o Cole deve receber um público de mais de 2 mil pessoas nas inúmeras conferências, mesas e sessões de comunicação encomendadas. Dentro dele, ocorre ainda a tradicional Feira de Livros (com mais de 20 editoras oferecendo até 50% de desconto em seus títulos), além de uma programação gratuita de shows musicais, contação de histórias, saraus de poesia, conversa com autores e mostra de cinema. A programação se estende até a noite no Sesi, Sesc, Casa do Lago e Espaço Cultural Ungambikkula. Antes, nos dias 12 e 13, acontece o 6º Seminário Nacional “O Professor e a Leitura de Jornal”, também na Unicamp.
Antonio Carlos Amorim, professor da Faculdade de Educação (FE) da Unicamp e presidente da ALB, afirma que a 18ª edição do Cole apresenta três características. “A primeira é de trabalhar a ideia da leitura na sua relação com linguagens múltiplas, ou seja, não apenas a palavra escrita, mas a imagem, o som e as expressões corporais. Outra característica é de buscar a leitura que acontece em situações não visíveis, como silêncio, vazios, espaços em branco, o que tem a ver com outras artes que não a literatura. Um último aspecto é que, pela primeira vez, a ALB organiza toda a feira cultural e literária, selecionando livros, autores, saraus e shows que tenham relação direta com o tema do Cole.”
Segundo Amorim, o Ginásio Multidisciplinar vai estar em reforma e, por isso, a programação estará espacialmente concentrada no Centro de Convenções, Faculdade de Educação Física (FEF), Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) e Faculdade de Educação (FE), locais ocorrerão as palestras. O espaço reservado para a Feira de Livros é o grande estacionamento atrás da Biblioteca Central, onde será instalada uma tenda para atividades literárias e culturais. “Uma inovação é a exigência de que os participantes, para apresentar trabalhos, sejam associados. E também que os textos submetidos sejam completos, em que os autores já tenham suas ideias mais amadurecidas.”
Conferências
O presidente da ALB informa que foram escolhidos conferencistas que atuam na interface entre arte, linguagem e filosofia. Entre os convidados internacionais estão Eugénia Vilela, da Universidade do Porto, que vai abordar a questão das fronteiras e a exclusão de populações africanas que querem chegar à Europa; Michel Vandenbroeck, da Universidade de Ghent (Bélgica), que vai tratar de educação infantil e respeito à diversidade; e Ricardo Arcos-Palma, da Universidade Nacional da Colômbia, cujo tema será a leitura estética e política das margens.
Antonio Carlos Amorim também destaca a presença do artista visual brasileiro Walmor Corrêa, que vai detalhar seu trabalho focando mulheres pobres sul-americanas que foram para a Espanha sonhando com um feliz casamento, mas se tornaram prostitutas, faxineiras, mão-de-obra, e acabaram adoecidas por causa da dor e da solidão. “Teremos ainda uma conferência que vai mesclar performance e recital de poemas e musicalização, com Alice Ruiz (poeta, haicaísta e letrista) e Alzira Espíndola (cantora, compositora e instrumentista)”, acrescenta.
30 anos e dedicatória
De acordo com Amorim, no 18º Cole serão abertas oficialmente as comemorações dos 30 anos da Associação de Leitura do Brasil, completados em dezembro do ano passado. “É importante ressaltar, também, que esta edição é dedicada a três professores já se foram: Hilário Fracalanza e Milton José de Almeida, ambos da Faculdade de Educação, e Bartolomeu Campos de Queirós, escritor e educador mineiro que tinha confirmado presença no Cole, mas faleceu no início do ano. Vamos lançar três livros relacionados com o trabalho que eles deixaram.”
Organizado pela Associação de Leitura do Brasil (ALB), o Cole deve receber um público de mais de 2 mil pessoas nas inúmeras conferências, mesas e sessões de comunicação encomendadas. Dentro dele, ocorre ainda a tradicional Feira de Livros (com mais de 20 editoras oferecendo até 50% de desconto em seus títulos), além de uma programação gratuita de shows musicais, contação de histórias, saraus de poesia, conversa com autores e mostra de cinema. A programação se estende até a noite no Sesi, Sesc, Casa do Lago e Espaço Cultural Ungambikkula. Antes, nos dias 12 e 13, acontece o 6º Seminário Nacional “O Professor e a Leitura de Jornal”, também na Unicamp.
Antonio Carlos Amorim, professor da Faculdade de Educação (FE) da Unicamp e presidente da ALB, afirma que a 18ª edição do Cole apresenta três características. “A primeira é de trabalhar a ideia da leitura na sua relação com linguagens múltiplas, ou seja, não apenas a palavra escrita, mas a imagem, o som e as expressões corporais. Outra característica é de buscar a leitura que acontece em situações não visíveis, como silêncio, vazios, espaços em branco, o que tem a ver com outras artes que não a literatura. Um último aspecto é que, pela primeira vez, a ALB organiza toda a feira cultural e literária, selecionando livros, autores, saraus e shows que tenham relação direta com o tema do Cole.”
Segundo Amorim, o Ginásio Multidisciplinar vai estar em reforma e, por isso, a programação estará espacialmente concentrada no Centro de Convenções, Faculdade de Educação Física (FEF), Instituto de Estudos da Linguagem (IEL) e Faculdade de Educação (FE), locais ocorrerão as palestras. O espaço reservado para a Feira de Livros é o grande estacionamento atrás da Biblioteca Central, onde será instalada uma tenda para atividades literárias e culturais. “Uma inovação é a exigência de que os participantes, para apresentar trabalhos, sejam associados. E também que os textos submetidos sejam completos, em que os autores já tenham suas ideias mais amadurecidas.”
Conferências
O presidente da ALB informa que foram escolhidos conferencistas que atuam na interface entre arte, linguagem e filosofia. Entre os convidados internacionais estão Eugénia Vilela, da Universidade do Porto, que vai abordar a questão das fronteiras e a exclusão de populações africanas que querem chegar à Europa; Michel Vandenbroeck, da Universidade de Ghent (Bélgica), que vai tratar de educação infantil e respeito à diversidade; e Ricardo Arcos-Palma, da Universidade Nacional da Colômbia, cujo tema será a leitura estética e política das margens.
Antonio Carlos Amorim também destaca a presença do artista visual brasileiro Walmor Corrêa, que vai detalhar seu trabalho focando mulheres pobres sul-americanas que foram para a Espanha sonhando com um feliz casamento, mas se tornaram prostitutas, faxineiras, mão-de-obra, e acabaram adoecidas por causa da dor e da solidão. “Teremos ainda uma conferência que vai mesclar performance e recital de poemas e musicalização, com Alice Ruiz (poeta, haicaísta e letrista) e Alzira Espíndola (cantora, compositora e instrumentista)”, acrescenta.
30 anos e dedicatória
De acordo com Amorim, no 18º Cole serão abertas oficialmente as comemorações dos 30 anos da Associação de Leitura do Brasil, completados em dezembro do ano passado. “É importante ressaltar, também, que esta edição é dedicada a três professores já se foram: Hilário Fracalanza e Milton José de Almeida, ambos da Faculdade de Educação, e Bartolomeu Campos de Queirós, escritor e educador mineiro que tinha confirmado presença no Cole, mas faleceu no início do ano. Vamos lançar três livros relacionados com o trabalho que eles deixaram.”
Fonte: Site da Universidade Estadual de Campinas
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